domingo, 15 de março de 2009

Low Profile...

Bem, sempre achei curiosa esta maneira de estar na vida, seja no trabalho, ou mesmo entre familiares, mas onde se pode evidenciar mais esta forma de estar é no mundo laboral.

Acredito que ser Low Profile muitas vezes ajuda em certos casos, mas em exagero podemos ser definidos como um "pãozinho sem sal", ora como é normal, ninguem gosta de ser chamado como tal. Toda a gente gosta de brilhar de vez em quando. Alguns gostam tanto de brilhar e de ver cumpridos os seus objectivos que não se importam de atropelar fulano X ou Y e socorrem mesmo a alianças com outros fulanos, fazem o chamado jogo sujo, trocam o bom senso e o carácter por uns poucos de euros no final do mês ou um posto mais relevante. Isto para não falar da quantidade de graxa Búfalo que usam nos sapatos dos chefes. Etc...

Não julguem que não sou ambicioso, porque sou! mas acredito que em qualquer jogo, há regras. Posso me esquivar dessas regras uma vez ou outra, mas futuramente a incompetência vai subir à tona (principio de Peter), e as verdades vêem quase sempre ao de cima. Eu já presenciei tudo isso no meu actual local de trabalho, que apesar de ser num supermercado, não se ganha tão mal como isso (adivinhaste jg!), e apesar da actual crise, há uma ou outra janela que se abre para subir de posto. Interessados nunca faltam, e em tempos de vacas magras a concorrência aumenta como também os conflitos internos, por outras palavras as mexeriquices.

Ser Low Profile cabe a ser discreto, por vezes mesmo acomodado, observa o ambiente em que está rodeado, comunica pouco, cumpre com as suas responsabilidades mas nada mais...

Neste momento da minha vida, como trabalhador-estudante, mas mais estudante, é a meu ver, a forma mais correcta de abordar certos assuntos dentro de uma empresa, claro que por dentro tenho alturas que me sinto algo angustiado, por obedecer a regras que não concordo em nada e achar que há maneiras mais eficazes de fazer certas tarefas, e falo de merdas simples, nada de outro mundo, nada que um singelo «bater o pé» não resultasse, mas isso implicaria conflitos, dores de cabeça, como também poderia estar a arranjar lenha para me queimar no futuro.

O que recebia em troca com esta minha impertinência?
Muito pouco, a meu ver, os proveitos que ia retirar dessas "batalhas", pouco me iam satisfazer.

Neste momento existem outras prioridades, prioridades essas que resultam em retornos mais apetecíveis e mais lucrativos do que entrar em conflitos futéis.

Portanto, se neste momento me tivesse que me auto-definir, concluia que era um acomodado, mas um acomodado estratégico.

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