Estado de espírito

Como disse no 1º post, passo (ou perco) algumas horas da minha honesta vida num supermercado, isto já há cerca de dois anos. Talvez não seja por extrema necessidade, talvez seja mesmo porque sou um ser egocêntrico, e com um orgulho voraz, tão vogaz que me revoga, desde os meus 17 anos ter o (Pai)trimónio como subsistência....mas acho que me divaguei, desculpem....

Ora trabalhar num supermercado é algo, como ei-de dizer, enriquecedor em vários sentidos, e aqui que conhece-mos a riqueza social do nosso estimado cantinho, neste caso a falta dela, como tambem dá-nos a possibilidade de interagir com criaturas de todos os planetas da Via Láctea e arredores. Espertos, burros, beldades, feiosas, gente rude e arrogante, gente educada e humilde, há-de tudo um pouco, a variedade é ilimitada, e temos nós colaboradores, a possibilidade de bem servir e atender quem nos faça alguma pergunta, algumas delas menos incovenientes ou mesmo a roçar o ridiculo. Acreditem que esta é uma das maneiras mais eficazes de crescer mentalmente, sempre fui contra o regime militar obrigatório, apesar de no meu profundo pensamento, compreender que é uma experiência que faz frente à indisciplina e à irresponsabilidade que se vai entranhando, cada vez mais, nas novas gerações (minha incluida). Não seria mal pensado substituirem esse tempo de regime militar obrigatório, num qualquer estabelecimento de grande afluência de consumidores.
Era uma lição para a vida, eu ainda estou a aprendar tal lição....